sexta-feira, 29 de março de 2013

Complexidade pouca é bobagem

Amor, ah o amor. Mas afinal o que é amar? Tenho pra dizer que há uma linha muito tênue em nossos sentidos quando se ama, é possessivo e se acostuma. 
Pois é, a gente pode achar que ama só por que não quer perder a pessoa. Não se engane pode ser só sentimento de posse. Tu pode jurar que ama a pessoa só que por que se imagina o resto da vida com ela, não confunda as coisas, você pode ter se acostumado com ela.
Mas e como saber? Talvez eu viva cinquenta ou sessenta anos e não aprenda. Talvez eu me relacione com dois, vinte, duzentos caras e não descubra.
O amor é complexo. Olhe pra mim, eu achava que amava o Matheus, mas será que amo?
Por ora acho que sim, por ora tenho certeza que não. A verdade é que o que passou, passou e não volta mais. Somos outras pessoas, outras identidades, outros gostos, outros perfumes, outra forma de se tocar e tratar. Se havia amor, não há mais, ficou lá atrás. O complicado é desprender e se conformar que a mesma pessoa (em corpo) não pode mais te proporcionar toda aquela euforia de estar apaixonado que lá atrás ela te proporcionou. Isso doi. É como se a pessoa morresse. Tu se sente presa a um passado que não volta. Você tem a pessoa ali, na sua frente, mas não dá pra voltar e nem pra dar continuidade. Mas que porra é essa? 
Talvez eu ainda ame o Matheus que eu conheci, por que o atual não mexe comigo, apenas com a minha vaidade de posse. Não sinto mais tesão algum, mas tenho vontade de ter por perto, de ter como a minha base. Mas até quando?
Ele diz que me ama, mas já faz 6 meses e então por que não fica ou não vai embora de vez? Concordo que seja tarde demais pra ficar, mas então vá embora e me deixe ser feliz. POR FAVOR. Isso não é vida.
Talvez eu tenha idealizado tanto minha vida com ele, que me imaginar com outro é quase impossível.
Por que as coisas findam? por que os sentimentos se perdem?
Só quero um sentido novo a minha vida, alguém pra iluminar meu dia tanto quanto o Matheus iluminava o meu. Quero alguém pra me surpreender todos os dias, pra me fazer esquecê-lo, alguém com quem eu tenha vontade de conviver e sinta prazer em cada segunda ao seu lado. Oh Deus, por que é tão difícil desacostumar? por que é tão difícil não querer controlar?


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