quinta-feira, 4 de julho de 2013

dá pra entender?

Depois de três anos, parei pra pensar.
Que estranho, de onde saiu tanto amor? Somos tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais.

Poderia citar infinitas coisas que eu não gosto, mas no fim chegaria a conclusão que todos os defeitos somadas as qualidades me completam.
O estilo musical, a linha de pensamento, a forma de ver a vida.
Ele é mais material, eu mais simples, ele mais rock, eu mais pagode. Ele, o luxo, eu, o casual.
Mas a gente sempre se encontra no toque. A mágica tá na vontade incansável de estar por perto, beijando, apertando, sentindo a pele, o cheiro, a voz, o cabelo bagunçado.
É ficar parada por minutos olhando os cílios grandes e a forma como franze a testa. É os detalhes que encantam, mesmo depois de três anos. É o beijo apertado na bochecha só pra sentir a barba em plena fila do caixa da padaria. É o selinho entre uma garfada e outra. São as músicas inventadas para cada situação. São os apelidos sem pé e nem cabeça. É os xingamentos carinhosos. É a vontade de ficar abraçada na cama e esquecer do mundo. É querer dar carinho sem querer nada em troca. É ouvir a respiração enquanto dorme. É trocar de lado na cama só pra ficar perto do rosto. É mentir a hora só pra pessoa achar que é tarde e ficar acordada te dando atenção. É competir pra ver quem vai pro banho primeiro. É morrer de rir com as cócegas. É ficar jogando a conta pro outro pagar. É morrer de rir por qualquer falha. É incentivar. É ajudar. É dizer: vai em frente. É querer pra sempre, mas ao mesmo tempo saber que por trás de tudo isso há motivos que te façam desistir. É lembrar que há outro mundo por trás do mundo perfeito que os dois criaram para si. É lembrar que querer não é poder e que pra sempre não existe.